10 Ferramentas para reduzir custos
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10 Ferramentas do Lean Manufacturing indispensáveis para reduzir desperdícios

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Você conhece o LEAN Manufacturing? Essa metodologia de gestão, também conhecido como manufatura enxuta foi tem por base o sistema criado por uma importante e lucrativa montadora japonesa de veículos e que trouxe incríveis resultados ao longo dos anos para empresas de diversos segmentos.  Esta filosofia tem o objetivo de eliminar desperdícios como produção excessiva, tempo de espera, transportes, processamento de tarefas, bem como outras situações específicas. 

As ferramentas lean são indispensáveis para a organização empresarial e para a redução de custos na produção. Com o lean manufacturing, é possível identificar e eliminar os desperdícios que impactam negativamente a produtividade e aumentam os custos. Essas ferramentas do lean oferecem práticas eficientes para aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios na produção. Ao implementar as 10 práticas para redução de custos na produção, as empresas podem otimizar seus processos e alcançar uma maior eficiência operacional.

Existem inúmeras ferramentas que auxiliam na melhor organização empresarial. Listamos aqui dez destas delas, que podem ser aplicadas em micro, médias e grandes organizações. As dicas são fundamentais para que uma indústria ou prestador de serviços passe a funcionar de forma mais eficiente e lucrativa.

1 — Ferramenta 5S

5S é uma metodologia de organização e padronização que visa melhorar a eficiência e a produtividade no ambiente de trabalho. Originária do Japão, essa abordagem é composta por cinco etapas: Seiri (classificação), Seiton (arrumação), Seiso (limpeza), Seiketsu (padronização) e Shitsuke (autodisciplina). O objetivo do 5S é criar um ambiente organizado, limpo e seguro, onde os colaboradores possam realizar suas atividades de maneira eficiente. Através da classificação e eliminação de itens desnecessários, da arrumação lógica dos materiais e ferramentas, da limpeza regular dos espaços de trabalho, da padronização de práticas e da promoção da autodisciplina, as organizações podem melhorar a qualidade, reduzir desperdícios, aumentar a segurança e o bem-estar dos colaboradores. O 5S é uma base sólida para a implementação do Lean Manufacturing, contribuindo para a criação de um ambiente de trabalho mais organizado, produtivo e eficaz.

2 — Fluxo contínuo

Fluxo contínuo é um conceito-chave na filosofia Lean, que busca criar um fluxo ininterrupto de trabalho ao longo de todo o processo produtivo. Essa abordagem visa minimizar ou eliminar interrupções, tempos de espera e movimentos desnecessários, permitindo que as atividades fluam de forma suave e contínua. O fluxo contínuo promove a produção puxada, em que cada etapa do processo só inicia quando há uma real demanda do cliente, evitando a superprodução. Ao adotar o fluxo contínuo, as organizações podem reduzir estoques, diminuir o tempo de ciclo, aumentar a flexibilidade e melhorar a qualidade dos produtos. Essa prática também permite uma melhor visualização e controle dos processos, facilitando a identificação de gargalos e a implementação de melhorias. O objetivo do fluxo contínuo é criar um ambiente de trabalho eficiente, em que o valor seja agregado de maneira contínua e sem interrupções, resultando em maior produtividade e satisfação do cliente.

3 — Heijunka

Heijunka é um termo japonês que significa "nivelamento de produção" ou "nivelamento de carga". É uma prática do Lean Manufacturing que visa equilibrar a produção, evitando oscilações extremas na demanda e mantendo um fluxo estável de trabalho. O heijunka busca eliminar as flutuações bruscas no volume de produção, permitindo uma programação mais eficiente e reduzindo os estoques excessivos. Essa abordagem envolve a criação de um cronograma de produção nivelado, distribuindo a carga de trabalho ao longo do tempo e evitando picos e quedas repentinas. O heijunka proporciona uma produção mais suave, facilitando o fluxo contínuo de materiais, reduzindo os tempos de espera e aumentando a flexibilidade para atender às demandas dos clientes de maneira mais eficiente. Essa prática contribui para a estabilidade, a eficiência e a capacidade de resposta das operações, permitindo que as empresas alcancem uma produção mais equilibrada e eficaz.

4 — Kaizen

Kaizen é um termo japonês que significa "melhoria contínua". É uma filosofia e uma prática que busca constantemente aprimorar os processos, produtos e serviços em uma organização. O Kaizen enfatiza a ideia de que pequenas melhorias incrementais ao longo do tempo podem resultar em grandes avanços. Essa abordagem encoraja todos os membros da equipe, desde os colaboradores da linha de frente até os líderes, a buscar continuamente maneiras de aperfeiçoar seu trabalho, eliminar desperdícios, reduzir custos, melhorar a qualidade e aumentar a eficiência. O Kaizen envolve a participação de todos, promovendo um ambiente de trabalho colaborativo, onde ideias e sugestões são valorizadas. É uma prática essencial para criar uma cultura de melhoria contínua nas organizações, impulsionando a inovação, a produtividade e a satisfação dos clientes.

5 — Análise de causa raiz (5 porquês)

A análise da causa raiz, também conhecida como RCA (do inglês Root Cause Analysis), é uma abordagem sistemática para identificar a causa fundamental de um problema ou não conformidade. Essa metodologia busca ir além dos sintomas visíveis e investigar as causas subjacentes que levaram ao ocorrido. A análise da causa raiz envolve a coleta de dados, a realização de análises detalhadas e a aplicação de técnicas como o diagrama de Ishikawa, 5 Porquês e outras ferramentas de solução de problemas. O objetivo é identificar as verdadeiras origens do problema, eliminá-las ou controlá-las, a fim de prevenir a recorrência no futuro. A análise da causa raiz é uma prática crucial para melhorar a qualidade, a eficiência e a eficácia dos processos, permitindo que as organizações tomem medidas corretivas adequadas e promovam a melhoria contínua.

6 — Poka-Yoke

Poka-yoke é um termo japonês que significa "à prova de erros" ou "à prova de falhas". É uma abordagem utilizada no Lean Manufacturing para prevenir erros humanos e defeitos nos processos. O poka-yoke consiste em implementar dispositivos, mecanismos ou sistemas que evitem ou detectem erros antes que eles se tornem problemas maiores. Essas soluções podem ser simples, como um encaixe que impede a montagem errada de peças, ou mais complexas, como sensores que identificam falhas em tempo real. O objetivo é projetar o processo de forma que seja impossível ou extremamente difícil cometer erros. O poka-yoke contribui para a melhoria da qualidade, a redução de desperdícios e o aumento da produtividade, ao evitar retrabalhos, refugos e reclamações de clientes. É uma ferramenta eficaz para garantir a consistência, confiabilidade e excelência nos processos de produção.

7 — Vá ao GEMBA

Ir ao Gemba é uma prática essencial para líderes e gestores que desejam entender verdadeiramente o funcionamento dos processos e promover melhorias significativas. Significa ir diretamente ao local de trabalho, onde as atividades ocorrem, para observar, ouvir e interagir com os colaboradores envolvidos. Ao ir ao Gemba, os gestores têm a oportunidade de identificar desperdícios, gargalos, problemas e oportunidades de melhoria em primeira mão. Além disso, essa prática promove a conexão entre líderes e colaboradores, fortalecendo o engajamento e a confiança mútua. Ao se envolverem ativamente no Gemba, os gestores podem compreender as necessidades dos colaboradores, fornecer suporte adequado e tomar decisões mais embasadas. Ir ao Gemba é uma abordagem fundamental para impulsionar a melhoria contínua, aprimorar a eficiência operacional e alcançar melhores resultados no ambiente de trabalho.

8 — Gestão à Vista

A gestão à vista é uma prática essencial dentro do contexto da gestão visual nas organizações. Essa abordagem consiste em disponibilizar informações relevantes de forma clara, visível e acessível a todos os colaboradores, permitindo que eles acompanhem e compreendam os principais indicadores de desempenho, metas, projetos em andamento e problemas identificados. Por meio de quadros, painéis, gráficos e outros recursos visuais, a gestão à vista proporciona uma visão transparente e em tempo real do estado atual das operações, facilitando a comunicação, o alinhamento e a tomada de decisões baseadas em fatos. Além disso, ela promove a responsabilização e o engajamento dos colaboradores, uma vez que todos têm acesso às informações relevantes para o cumprimento dos objetivos organizacionais. Com a gestão à vista, as empresas podem melhorar sua eficiência, produtividade e eficácia, impulsionando a melhoria contínua e o alcance dos resultados desejados.

9 — Método A3 (PDCA)

A metodologia A3 é uma abordagem estruturada e eficaz para solução de problemas e tomada de decisões nas organizações. Ela recebe esse nome devido ao tamanho padrão do papel utilizado para registrar todas as informações relacionadas ao problema, análise e ação. A metodologia A3 segue um processo de pensamento lógico, que envolve identificar o problema, analisar a situação atual, definir metas e objetivos, elaborar um plano de ação e implementá-lo. Além disso, a metodologia A3 incentiva a colaboração e o envolvimento de diferentes partes interessadas, promovendo uma visão holística e uma compreensão compartilhada dos desafios e soluções propostas. Por meio dessa abordagem, as organizações podem melhorar a qualidade, a eficiência e a eficácia de suas operações, alcançando resultados sustentáveis e impulsionando a melhoria contínua.

10 — Muda, Mura, Muri

Muda, Muri e Mura são conceitos fundamentais dentro da filosofia Lean, que visam eliminar desperdícios e promover a eficiência nos processos. Muda refere-se aos desperdícios ou atividades que não agregam valor ao produto ou serviço final, como movimentações desnecessárias, espera, retrabalho, entre outros. Muri representa o excesso de carga ou sobrecarga imposta aos colaboradores, máquinas ou processos, o que pode levar a problemas de qualidade, lesões ou fadiga. Já o Mura está relacionado à falta de uniformidade ou inconsistência nos processos, seja no fluxo de trabalho, nas demandas ou na distribuição de tarefas. Através da identificação e eliminação desses três elementos, as organizações podem alcançar maior eficiência, qualidade e satisfação do cliente, promovendo a melhoria contínua e o desenvolvimento sustentável.

Conclusão

As práticas e ferramentas do Lean Manufacturing são fundamentais para impulsionar a eficiência, a qualidade e a produtividade nas organizações. Do uso das ferramentas lean, como a análise da causa raiz, o poka-yoke e o heijunka, às metodologias como o Kaizen e o 5S, essas abordagens têm como objetivo criar um ambiente de trabalho otimizado, livre de desperdícios e focado na melhoria contínua. Ao adotar essas práticas, as empresas podem reduzir custos, eliminar gargalos, aumentar a satisfação do cliente e promover uma cultura de excelência operacional. O Lean Manufacturing é uma filosofia que busca aperfeiçoar processos e maximizar o valor entregue ao cliente, tornando-se uma abordagem indispensável para o sucesso e a competitividade no cenário empresarial atual.

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Fernando Maquiaveli é o fundador e CEO da IT Performance Transformação Digital e Negócios e Co-Fundador da Inovacademy.com. Para saber mais acesse www.itperformance.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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